05 May
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O deputado estadual do Rio Grande do Sul, Rodrigo Maroni (PSDB), protocolou um pedido de lei na Assembleia Legislativa para extinguir a realização de rodeios. Segundo o parlamentar, a medida é uma forma de proteger os animais utilizados na prática. Segundo ele, os rodeios não fazem parte da tradição do Rio Grande do Sul e teriam sido adaptados dos eventos realizados nos Estados Unidos. “É engano imaginar que o rodeio representa a cultura do campo. Ele não faz parte da nossa tradição. Foi importado dos EUA e não traz nenhum enriquecimento ou aprendizado cultural. Além disso, os eventos poderiam continuar, mas com shows e outras atrações” afirma.

Conforme o parlamentar que atualmente reside no município de Encantado, a prática do rodeio coloca os animais em situações de estresse físico e psicológico. Segundo Maroni, a pior prova realizada é o chamado "Tiro de Laço", pois ao serem derrubados, os bezerros podem sofrer fraturas e ficar tetraplégicos ou morrer devido a hemorragias.


O vice-presidente Campeiro do Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG), Nicanor Castilhos, considera o projeto "absurdo" e afirma que Maroni não tem "grande conhecimento" sobre o assunto. Segundo Castilhos, uma das fotos utilizadas por Maroni em uma rede social seria de uma vaquejada, e não de um rodeio. Ocorre que as vaquejadas não são tradicionais no Estado.

O vice-presidente do MTG assegura que os rodeios seguem uma série de exigência da legislação, incluindo a presença de um veterinário.

Já o deputado federal e presidente do PSDB, Lucas Redecker, que também preside a frente da Cultura Gaúcha no Congresso, se manifestou contrário a proposta e acredita que a matéria não será aprovada na Assembleia.

Líder da bancada do PSDB, Mateus Wesp também postou vídeo em defesa dos rodeios. Mas não citou o projeto e nem o colega Maroni.  

A prefeitura da cidade que é o berço do tiro de laço, Esmeralda, encaminhou ofício ao deputado estadual Rodrigo Maroni. Já o PSDB vem recebendo críticas por divulgar a proposta no perfil da bancada. Fortemente questionado, Maroni desativou os comentários em seu perfil no Instagram.

Foto: Gustavo Mansur / Palacio Piratini

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