18 May
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O deputado federal cassado Deltan Dallagnol (Podemos-PR) disse na quarta-feira, 17, que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) cassou seu mandato por ele ter combatido a corrupção no país, quando era procurador da Operação Lava Jato. Para Dallagnol, os ministros do tribunal criaram suposições para torná-lo inelegível e fraudaram a Constituição ao “criar uma nova inegibilidade”.

“Inventaram uma inegibilidade imaginária para me cassar. A verdade é uma só: perdi o meu mandato porque combati a corrupção”, afirmou em entrevista à imprensa, na Câmara dos Deputados.

Dallagnol teve seu mandato cassado por unanimidade dos ministros. Dos que julgaram o pedido, três foram indicados ainda nos governos anteriores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, um no governo de Michel Temer e outros três no período em que Jair Bolsonaro comandou o país.

Para o ex-procurador, a cassação do mandato aponta para uma inversão da presunção de inocência e, para ele, foi aplicada a presunção da culpa. “Há toneladas de textos escritos dizendo que restrições a direitos fundamentais, restrições a direitos políticos jamais podem ser interpretadas de modo extensivo, de modo ampliativo com analogia. Foi exatamente o que eles fizeram, fraudando a lei, a Constituição para me punir.”

Nas eleições de 2022, o ex-procurador da Lava-Jato recebeu 344 mil votos, sendo o deputado mais votado do Paraná.

Foto: Lula Marques / Agência Brasil 

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