Puxado pela alta da gasolina, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou em 0,71% em março, abaixo do valor registrado em fevereiro, que foi de 0,84%. Com isso, o IPCA, que mede a inflação oficial do país, acumula, nesse primeiro trimestre de 2023, alta de 2,09%. E nos últimos 12 meses o acumulado ficou em 4,65%, o menor valor para este período desde janeiro de 2021. Os dados foram divulgados na terça-feira, 11, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Oito dos nove grupos pesquisados tiveram alta no mês de março. O maior impacto e a maior variação vieram do grupo Transportes, consequência, principalmente, da alta de 8,33% da gasolina e de 3,20% do etanol. Os preços dos dois combustíveis foram afetados pelo retorno da cobrança dos impostos federais. Na sequência, vieram os grupos Saúde e Cuidados Pessoais e Habitação, que desaceleraram em relação ao mês anterior.
Já os alimentos e bebidas ficaram praticamente estáveis, com alta de apenas 0,05%. Isso é resultado principalmente da queda nos preços de itens bastante consumidos pelas famílias brasileiras, como a batata inglesa, que está quase 13% mais barata, e o óleo de soja, que caiu mais de 4%.
O único dos nove grupos pesquisados a mostrar variação negativa em março foi Artigos de residência, como TVs e computadores pessoais. Já o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que calcula o preço dos itens consumidos pelas famílias de menor renda e é usado como referência para o reajuste do salário mínimo, teve alta de 0,64% em março. Com isso, o INPC acumula alta de 1,88% no ano e de 4,36% nos últimos 12 meses.
Fonte: Radioagência Nacional