Um ex-diretor e um ex-supervisor da Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR) foram presos na manhã desta terça-feira, 14, em uma operação deflagrada pela Polícia Covil e o Ministério Público, com apoio da Contadoria e Auditoria-Geral do Estado. A ação investiga supostas irregularidades em contratos da estatal.
Conforme as informações, foram cumpridos dois mandados de prisão temporária e oito de busca e apreensão nos municípios de São Leopoldo e Porto Alegre. A sede da EGR na Capital também foi alvo de buscas.
Um dos presos atualmente trabalha na Secretaria Estadual de Transportes e Logística. Os nomes ainda não foram divulgados. A investigação apura indícios de formação de cartel, superfaturamento e sobrepreço em licitação.
Desde abril do ano passado, o MP vinha investigando supostas irregularidades praticadas. As informações dão conta de que o ex-diretor-presidente, que dirigiu a EGR entre abril de 2021 e janeiro deste ano, teria determinado a suspensão e, posteriormente, a revogação de uma licitação em andamento para contratar empresas para a execução dos "serviços contínuos especializados de operação e arrecadação junto a praças de pedágio.
Esta decisão garantiu, pelo menos, que seis contratos já assinados em 2019 fossem mantidos, mesmo com indícios de fraudes. Entre as situações está o direcionamento, sobrepreço e formação de cartel em, pelo menos, 12 praças de pedágio.
Para elas, contratadas para fins de arrecadação de pedágios nas estradas estaduais, foram pagos desde o ano de 2019 a importância de cerca de R$ 89 milhões.