A nota encaminhada na terça-feira, 28, pela Associação dos Municípios do Vale do Taquari (Amvat), divulgada à imprensa após o pedido oficial de desligamento da entidade, por parte de 11 municípios ligados ao chamado G-18, reacendeu as dissonâncias entre as entidades. Isso porque prefeitos apontam que o documento apresenta indícios de ameaça e até retaliação junto a outras entidades regionais.
Isso ocorre em razão do último parágrafo da nota da Amvat, que afirma buscar informações para analisar a permanência dos municípios desligados em serviços ofertados na região, como é o caso do Consórcio Intermunicipal de Serviços do Vale do Taquari (Consisa) e a Associação dos Municípios de Turismo da Região dos Vales (Amturvales).
Segundo a Amvat, todas esses órgãos teriam nascido dentro de discussões dos municípios ligados a ela.
Apesar de não se confirmar nada até o momento, gestores do G-18 criticaram a nota. Conforme o prefeito de Encantado, Jonas Calvi, as afirmações colocadas no documento não eram necessárias. Segundo ele, a nota só confirma aquilo que se dizia desde o início sobre a falta de apoio da entidade junto aos municípios da região alta do Vale. “Não precisava. É mais uma situação em que a Amvat bota os pés pelas mãos” disse. “Já estávamos com o assunto encerrado. Agora, é muita prepotência dizer que criou o Consisa e a Amturvales”, ressalta o prefeito encantadense.
O pedido oficial de saída da Amvat ocorreu no dia 13 de junho. Na tarde de terça-feira foi confirmada a desfiliação das cidades. A homologação do pedido deve ocorrer na próxima assembleia da Amvat, agendada para o dia 15 de julho.
Apesar da polêmica, o presidente da Amvat e prefeito de Colinas, Sandro Hermann, tanto o Consisa quanto a Amturvales são entidades próprias, com regramentos específicos. "Permanecer ligado é uma decisão individual de cada gestor público", afirma.