A forte estiagem que assola os municípios do Rio Grande do Sul provoca prejuízos também em Nova Bréscia. Conforme a Defesa Civil do município, até o momento, a cidade contabiliza mais de R$ 11, 2 milhões em perdas na agricultura, pecuária e abastecimento. A situação é tão alarmante, que obrigou o prefeito Angelo Barbieri, a encaminhar documentação para os órgãos estaduais, visando um possível auxílio financeiro para amenizar a situação que deve piorar, conforme apontam os prognósticos da meteorologia para a estação.
Se o Estado entender que a situação no município é crítica, a documentação deverá ser encaminhada ao Ministério do Desenvolvimento Regional para que a União projete o envio de recursos. “Temos um levantamento de perdas elaborado pelo escritório municipal da Emater. As perdas já são bastante expressivas, principalmente na produção de milho e seus reflexos na agricultura e pecuária”, explica o coordenador municipal da Defesa Civil, Marcos Giovana.
Além dos prejuízos nas lavouras e plantações, a falta de água potável é outro problema que vem sendo enfrentado no município. Segundo Giovanaz, com a forte seca, arroios já estão praticamente secos, impossibilitando, inclusive que animais consigam usufruir da água. “Estamos passando por um momento muito difícil. E agora com esse decreto queremos tentar ajudar nossos produtores e agricultores, para tentar reduzir os impactos”, diz o prefeito Barbieri.
Conforme os levantamentos realizados até o momento, as perdas na cultura do milho em grão chegam a 60%, o que representa prejuízo de R$ 870 mil. Já para o milho tipo silagem, a estimativa é de que 650 hectares tenham sido afetados com a estiagem, resultando em uma queda de 50% na produção e prejuízos que chegam a R$ 250 mil.
A cultura de hortaliças também afetou cerca de 21 famílias que juntas, apresentam perda de 30% na cultura de feijão, repolho, moranga, beterraba, tomate, abóbora, pepino, cebola, couve e outros alimentos. O prejuízo estimado é de R$ 250 mil.
A produção de leite também sofre e é uma das mais atingidas pela estiagem. Sem alimento para os bovinos, o rendimento na ordenha também diminui. A estimativa é de que haja redução, até o momento, de 30% e prejuízos na casa dos R$ 6,7 milhões.
Setores como o da fruticultura amargam perdas de 10% na produção, como é o caso da laranja, totalizando um déficit de R$ 350 mil para os produtores.
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