A nova alta no preço do diesel, anunciada pela Petrobras nesta semana, mobiliza entidades de caminhoneiros para decidir se iniciam uma paralisação. Além disso, os últimos discursos do presidente Jair Bolsonaro, quanto à privatização da estatal, também movimentam a categoria. Nas redes sociais, vídeos de caminhoneiros abastecendo seus tanques e mostrando a elevação no valor começaram a aparecer.
Em um os materiais publicados, um trabalhador registra o valor de R$ 5,5 mil para armazenar pouco mais de 600 litros de diesel.
Conforme a Petrobras, o último reajuste no diesel ocorreu na segunda-feira, 9 de maio, com aumento de 8,87% no preço praticado junto às refinarias.
De acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), desde que o presidente Jair Bolsonaro assumiu o governo, o preço do diesel já acumula ata de 96%.
Para o domingo, 15, um encontro entre representantes da classe e o presidente da Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores (Abrava), Wallace Landim, conhecido como Chorão, está agendado. Nesse dia, lideranças deverão discutir se iniciam uma paralisação nacional da categoria.
Em uma carta, a Abrava critica a situação e considera que o país esteja chegando próximo ao caos. "A situação passou de todos os limites e o diesel ainda está com o preço 10% defasado com base no preço internacional, ou seja, tem mais aumento nas bombas em breve. O cenário é de pré-caos", afirma.
No documento, a entidade também critica a possibilidade de privatização da Petrobras, como tentativa de segurar os preços e ampliar a concorrência de mercado. "O Brasil precisa de uma estratégia de curto prazo para frear essa voracidade da Petrobras em saquear o bolso dos brasileiros, e não vender a PPSA e a Petrobras", afirma.