Afirmação foi dada nesta terça-feira, 9 de março, em uma entrevista coletiva; classe ameaça paralisação nacional
Policiais de todo o Brasil devem participar de mobilizações nos próximos dias como crítica aos congelamentos de salários provocados pela nova Proposta de Emenda à Constituição (PEC) Emergencial. A informação foi confirmada na manhã desta terça-feira, 9 de março, em Brasília, durante entrevista coletiva com representantes da União dos Policiais do Brasil (UPB). A categoria disse ainda que o presidente da República, Jair Bolsonaro, trata os policiais com "desprezo".
De acordo com o presidente da Associação dos Delegados da Polícia Federal (ADPF), Edvandir Paiva, a classe estaria sendo usada como "bode expiatório" e "moeda de troca", num momento de dificuldade fiscal. De acordo com o líder, o presidente Bolsonaro havia prometido numa reunião com representantes da polícia no domingo, 7 de março, que servidores da segurança pública ficariam de fora das novas medidas. O presidente da ADPF disse ainda que a classe está indignada com as novas medidas. “Os policiais estão extremamente irritados com a forma como estão ocorrendo as reformas”, diz Paiva. “(Bolsonaro) Usou a bandeira dos policiais na eleição, mas nas reformas eles não estão sendo levados em conta”, critica.
Bolsonaro disse na tarde de hoje que o governo segue com as negociações e que nada está definido. Segundo ele, em uma conversa com o relator da PEC, deputado Daniel Freitas (PSL-SC), três dispositivos poderiam ser retirados do projeto de origem e integrarem uma PEC paralela. “Falei com o relator, que ele é o soberano, que ele poderia correr o risco de não aprovar se não mexesse em três artigos. Eram cinco, passamos para três buscando a negociação”, disse Bolsonaro.
Foto: Marcos Corrêa/Presidência