O Ministério do Trabalho, extinto em 2019 pelo próprio presidente Jair Bolsonaro foi recriado para acomodar o deputado federal e defensor do governo, Onyx Lorenzoni. Este será o quarto ministério diferente que o parlamentar vai ocupar desde o início do governo Bolsonaro. Com nomenclatura nova, a criação do Ministério do Trabalho e Previdência já está oficializada no Diário Oficial da União desta quarta-feira, 28.
Desde o início do governo Bolsonaro, Lorenzoni coordenou a montagem da equipe ministerial do governo, depois foi para o ministério da Casa Civil, seguiu para a pasta da Cidadania e, por fim, a Secretaria Geral da Presidência da República.
Bolsonaro justificou a recriação do ministério como peça fundamental para auxiliar na retomada do emprego, tendo em vista a grave crise provocada pela pandemia de covid-19. O presidente disse ainda que o novo ministério vai diminuir a pressão sobre ministro da Economia, Paulo Guedes, responsável, até então, pela secretaria do Trabalho que existia em sua pasta.
Conforme Lorenzoni, irão compor o novo ministério as áreas de previdência, política e diretrizes para a geração de emprego e renda e de apoio ao trabalhador, política e diretrizes para a modernização das relações de trabalho e fiscalização do trabalho. Fazem parte da nova pasta, 13 secretarias e sete conselhos e câmaras.
Bolsonaro recebeu do ex-presidente Michel Temer uma estrutura com 29 pastas: 23 ministérios, duas secretarias e quatro órgãos com status de ministério. Antes da eleição, Bolsonaro prometeu enxugar a estrutura e disse que governaria com no máximo 15 pastas. Com a recriação do Ministério do Trabalho, o governo Bolsonaro terá oito pastas a mais do que o prometido aos eleitores em 2018.
Foto: AFP