A desembargadora Iris Helena Medeiros Nogueira fez história no Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul. Ela será a primeira mulher a presidir o órgão estadual. Em uma disputa acirrada, a magistrada venceu por uma diferença de oito votos o desembargador Tasso Cauby Soares Delabary, por um placar de 71 a 63. Iris vai comandar a instituição no biênio 2022-2023.
As eleições ocorreram na segunda-feira, 6 de dezembro, onde 136 desembargadores votaram no pleito. Com 35 anos de magistratura, Iris, que é natural de Pelotas, ressaltou durante seu discurso após o resultado, a importância do protagonismo feminino frente a uma das mais importantes entidades do Rio Grande do Sul. Entre suas propostas está a implementação do plano de carreira dos servidores do Judiciário. “Temos muitos planos novos, sempre com olhar voltado a magistrados, servidores, às condições de trabalho e também especialmente ao nosso jurisdicionado, que é o nosso patrão, o povo. É a ele que se dirige nosso trabalho”, ressalta.
Apoiada pelo então presidente, desembargados Voltaire de Lima Moraes, a magistrada ressaltou o trabalho desenvolvido, principalmente no período de pandemia, que acabou trazendo dificuldades, impossibilitando a realização de diversos projetos. “Nos apresentamos como chapa de situação, queremos levar em frente os projetos que ele iniciou e levar a efeito o que ele não conseguiu concretizar”, disse a presidente eleita.
O atual presidente do TJRS, disse que a eleição transcorreu dentro da normalidade, com duas chapas contendo colegas extremamente qualificados. O magistrado afirmou que a desembargadora Iris Helena, pelo seu perfil dentro do Poder Judiciário, terá condições de fazer um bom trabalho. “Estamos deixando um bom legado para a próxima administração e esperamos, que acima de tudo, os jurisdicionados possam ser os grandes beneficiados da próxima gestão”, espera Moraes.
Integram a nova diretoria, os 1º vice-presidente, Alberto Delgado Neto; 2º vice-presidente, Antônio Vinicius Amaro da Silveira; 3ª vice-presidente; Lizete Andreis Sebben; e o corregedor-geral da Justiça – Giovanni Conti.
Foto: Eduardo Nichele / Divulgação