A prefeitura de Santa Tereza publicou, na quinta-feira, 24, um decreto de emergência após os estragos provocados pela chuva de granizo que atingiu a cidade durante a noite de quarta-feira, 23. O documento, assinado pela prefeita Gisele Caumo, visa buscar recursos nas esferas estadual e federal e, também, dar um suporte aos agricultores que possuem seguro de suas produções e precisam comprovar as perdas.
De acordo com o documento emitido, as localidades de Linha José Júlio, Dolorata, São Valentin, Bento, Cesca e Beltrame foram as mais afetadas. O levantamento foi rapidamente realizado, já que a situação determinava uma ação imediata. Conforme a prefeitura, decreto tem validade por seis meses. Cerca de 60 propriedades sofreram avarias, com estragos em residências, galpões onde ficam depositados maquinários e implementos agrícolas e lavouras. Ainda na noite da quarta-feira, segundo levantamento da Secretaria Municipal de Obras, foram distribuídos aproximadamente mil metros quadrados de lona para cobertura das casas.
Em sua rede social, a prefeita Gisele lamentou o ocorrido e garantiu que as diversas ações para auxílio aos agricultores serão efetivadas nos próximos dias. “É lamentável observar o cenário, que demonstra a perda do árduo trabalho de nossa gente em questão de minutos. Mas unidos, com a força e com a fé de nosso povo, iremos juntos, superar mais este momento de dificuldades”, garante.
Para minimizar os problemas mais pontuais, desde a noite de temporal, equipes da prefeitura se mobilizaram para a realização de forças-tarefas que tiveram foco nos serviços de remoção de entulhos, limpeza de valetas e estradas, consertos na rede de água, proteção de residências que tiveram os telhados danificados.
Prejuízos na agricultura
Uma das culturas mais atingidas em Santa Tereza foi a videira, com cerca de 50 hectares danificados e uma perda estimada em 20% da produção e, em termos financeiros, que se aproxima a R$ 1,5 milhão. Na olericultura, embora a área atingida tenha sido inferior – cerca de 12 hectares – alguns agricultores perderam 100% da produção. “Por se tratar de uma cultura mais frágil, os danos foram ainda maiores. O que mais nos preocupa é que, para alguns produtores, esta é a única fonte de renda por um período aproximado de três meses”, avalia a prefeita.