Após o anúncio extraoficial da saída dos municípios que compõem o G-18, no sábado, 11, durante manifestação junto a praça de pedágio, em Encantado, a entidade criada para representar as cidades da parte alta do Vale do Taquari, deve ser reunir nesta segunda-feira, 13, para oficializar a saída da Associação dos Municípios do Vale do Taquari (Amvat).
A reunião está marcada para ocorrer às 17h30min, no Auditório Brasil, na prefeitura de Encantado. Dos 18 municípios pertencentes ao grupo, 13 são filiados à Amvat. A saída da entidade ocorre após falta de apoio às demandas da região alta quanto ao plano de concessão de rodovias estaduais. Segundo o grupo, não houve mobilização para a saída do pedágio que divide o município de Encantado, bem como, pouco incentivo para a inserção da ERS-332 no plano.
Conforme o prefeito de Encantado, Jonas Calvi, a expectativa é de que todos os municípios filiados à Amvat e que integram o G-18 saiam da entidade. “Pelo que temos conhecimento, todos vão sair. Queremos fortalecer o grupo existente e buscar um olhar que possa atender às nossas demandas. Não adianta ficarmos numa entidade onde não se consegue unificar as duas regiões”, afirma.
Ainda no sábado, o presidente da Amvat e prefeito de Colinas, Sandro Herrmann, disse que os municípios do G-18 não poderiam querer culpar a Amvat pelo edital. No entanto, prefeitos da região alta apontam que a entidade não apoiou suas demandas junto ao governo do Estado, inclusive, em alguns dos encontros, Marcelo Caumo, prefeito de Lajeado, demonstrou contrariedade à inserção da ERS-332 e a mudança de local da praça de pedágio. Segundo ele, sem o lançamento do edital "a região estaria perdendo uma grande oportunidade".
O prefeito de Encantado cobrou ainda quais os critérios em inserir a Via-Láctea, que não está junto à ERS-130, e deixar fora a ERS-332. “Colocar uma rodovia que não está junto à 130 (Via Láctea) e deixar outra totalmente de fora não dá. A 332 está em péssimas condições. Olha o quanto nós já perdemos de investimentos”, afirma.
O G-18 afirma ainda que houve desleixo por parte da Amvat em ouvir as demandas da região alta e, por isso, a situação chegou a esse ponto. "Conversei com todos os prefeitos e ficou bem claro esse desleixo. Não houve apoio da Amvat”, pontua Calvi.