Pelo menos 28 cidades do Vale do Taquari confirmaram focos do mosquito causador de doenças como dengue, chikungunya e zika vírus
O município de Muçum está entre as 28 cidades da região que confirmaram a presença de focos do mosquito Aedes aegypti em 2021. A informação conta no informativo epidemiológico do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), que apresenta o levantamento da situação no período de 4 a 14 de abril desse ano. Dos 497 municípios do Estado do Rio Grande do Sul, 405 estão infestados pelo mosquito Aedes aegypti, que transmite doenças como dengue, chikungunya e zika vírus.
Na região, os municípios que apresentaram infestação do mosquito são: Anta Gorda, Arroio do Meio, Bom Retiro do Sul, Colinas, Cruzeiro do Sul, Dois Lajeados, Encantado, Estrela, Fazenda Vila Nova, Forquetinha, Lajeado, Marques de Souza, Muçum, Nova Brescia, Paverama, Progresso, Putinga, Relvado, Roca Sales, Santa Clara do Sul, São Valentim do Sul, Taquari, Teutônia, Travesseiro, Vespasiano Corrêa, Westphalia, Doutor Ricardo, e Imigrante.
Apesar da situação agravante na região, nenhum óbito por dengue, febre amarela, zika ou chikungunya foi registrado neste ano. No Rio Grande do Sul, apenas duas mortes ocasionadas pela dengue foram registradas nos municípios de Erechim e Santa Cruz do Sul.
Conforme a Cevs, os casos de dengue são notificados em todos os meses do ano, embora haja um aumento durante a sazonalidade da doença que ocorre entre os meses de novembro a maio. Do ano 2000 até 2021, 81,5% dos municípios gaúchos já confirmaram infestação do Aedes.
Chikungunya
Até este mês, o Rio Grande do Sul, notificou 141 casos de Febre de Chikungunya, sendo 30 casos autóctones no município de São Nicolau, 13 foram descartados e 83 ainda continuam em investigação diagnóstica.
Zika Vírus
Já os casos de Zika Vírus no Estado apontam que 35 casos suspeitos foram registrados, sendo dois casos confirmados importados, 19 casos foram descartados e 12 ainda continuam em investigação diagnóstica.
Febre Amarela
O Rio Grande do Sul não registrava a presença do vírus causador da febre amarela desde o ano de 2009. Em janeiro de 2021, contudo, o estado teve a confirmação de uma epizootia (bugio morto), ocorrida no município de Pinhal da Serra, na Região Serrana, próximo à divisa com o estado de Santa Catarina.
Das 94 epizootias com coleta no território gaúcho, 47 (50%) foram confirmadas, 40 (42%) aguardam resultado laboratorial e 07 (8%) foram descartadas. Houve confirmação da presença do vírus nos municípios de André da Rocha, Antônio Prado, Barracão, Bom Jesus, Campestre da Serra, Capão Bonito do Sul, Esmeralda, Farroupilha, Ipê, Lagoa Vermelha, Monte Alegre dos Campos, Muitos Capões, Pinhal da Serra, Porto Alegre, Rolante e Vacaria.
Prevenção
Para ajudar na eliminação do Aedes aegypti, além de acabar com locais de água parada, que é onde a fêmea do mosquito deposita seus ovos, é necessário que os recipientes sejam higienizados, já que os ovos podem ficar cerca de um ano no mesmo local e eclodir quando houver contato com a água novamente.