Por Ranieri Moriggi
Pedágios - I
É nítida a falta de união e consenso entre os municípios do Vale do Taquari. De um lado está a parte “baixa”, composta pelas maiores cidades (Lajeado, Arroio do Meio, Estrela, Teutônia), que não abriram a boca para defender os municípios da parte alta do Vale (Encantado, Muçum e por aí vai). Resultado: uma região dividida, uma parte pagando para que outros usufruam dos benefícios oriundos das concessões de rodovias.
Pedágios - II
A gente sabe porque a atual proposta de concessões das rodovias é defendida pelos maiores municípios do Vale: jogo político. Querem utilizar isso como plataforma nas eleições desse ano. É só olharmos os nomes que começam a surgir como pré-candidatos a deputado estadual. Temos ex-prefeito de Teutônia, atual prefeito de Lajeado e por aí vai... Vergonhoso.
Turismo - I
O fim do projeto Trem dos Vales mostra que os municípios beneficiados com os passeios precisam buscar outras alternativas para manter a movimentação ao longo do tempo. Empreendimentos acabam sentindo a diminuição da circulação de pessoas e, logo, isso acaba afetando, inclusive, na geração de receitas, emprego e renda. Não dá pra esperar novamente a vinda do trem.
Turismo - II
O Cristo Protetor é uma das alternativas. Porém, por si só não é suficiente. Ainda mais que os prazos de inauguração do monumento já foram alterados inúmeras vezes. Gestores e responsáveis pela área do turismo devem trabalhar na elaboração de roteiros e atividades que vão além do básico. Criatividade. Esta é a palavra.
Eleições 2022 - I
Mais uma vez, o Vale do Taquari deve ficar sem representante na Assembleia Legislativa e na Câmara dos Deputados. É um emaranhado de nomes que, juntos, não farão o número suficiente de votos para conquistar uma cadeira em Porto Alegre e em Brasília.
Eleições 2022 - II
Para alguns pré-candidatos, o discurso não faz jus a prática. Falam em poupar dinheiro, trabalhar mais. Mas, o que a gente vê é assessor de deputado viajando pelo Vale, fazendo videozinhos e programinhas em pleno dia da semana, quando deveria estar na Capital Federal trabalhando. Hipocrisia que fala, né?
Polarização
Aguardem para os próximos meses, quando a campanha eleitoral começar pra valer. Vai dar nojo adentrar às redes sociais. Facebook vai virar um campo de guerra e, mais uma vez, amizades serão interrompidas, integrantes da mesma família deixarão de se falar e por aí vai. E o pior de tudo: quem está concorrendo, não vai se importar nenhum pouco com tudo isso.
Igreja em Muçum - I
Igreja cheia, povo participando. Pelo menos é o que eu vi nas celebrações que participei em Muçum. Que assim permaneça.
Igreja em Muçum - II
Agora, a pergunta que não que calar é: desse povo, quais terão a disponibilidade em ajudar nas atividades pastorais da Igreja a partir de agora? Porque é muito fácil apontar o dedo, criticar e condenar quem está ajudando ou que passou pela Igreja de Muçum. No entanto, quando o convite é feito, muitos caem fora ou arrumam desculpas. Porém, a língua segue afiada para criticar quem se dispõe a ajudar. Apesar de estarmos vivendo novos tempos, é urgente mobilizarmos lideranças e pessoas a retornarem com suas funções na Igreja em Muçum. Caso contrário, será mais do mesmo. Não dá para contar apenas com milagres. É preciso ação.
PL de Encantado
Na terça-feira, 22, foi oficializada a criação da comissão provisória do Partido Liberal (PL) de Encantado. O evento ocorreu no restaurante Zanatta, no parque João Batista Marchese e contou com a participação de mais de 100 simpatizantes, além de deputados estaduais e do federal, Giovani Cherini. A mobilização visa apoiar a candidatura do presidente Jair Bolsonaro à reeleição. No comando da sigla em Encantado está Eder Boaro.
Política Muçunense
Engana-se quem acha que as eleições de 2024 só começam em 2024. O caldeirão na Princesa das Pontes está aceso e os ingredientes para o cardápio já estão na mesa. Muita gente vai se surpreender com os rumos da política local. Inclusive, as novas alianças que poderão ser formadas. É do jogo. Quem tem estômago, que permaneça. Já, quem não tem... Melhor ficar quieto, por enquanto.
Paixão de Cristo de Muçum
Se tem uma coisa que eu me orgulho muito é de fazer parte da organização da Paixão de Cristo de Muçum. Apesar da situação que a pandemia nos causou e obrigou-nos a ficarmos dois anos sem encenar, o elenco praticamente se manteve e, com a graça de Deus, muita gente nova abraçou a causa e está conosco preparando um espetáculo belíssimo. Já são 20 anos a frente da direção da peça teatral e, a cada ano que passa, dá mais gosto de fazer. Então, agende aí: 15 de abril, 20h, na Praça da Matriz. Ah, agora, em novo local.
Eduardo Leite vai concorrer
O materlo já está batido. O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, vai disputar o pleito desse ano. E não será para o cargo de governador. Ele almeja ser presidente do Brasil. As cartas já foram postas na mesa. O PSD, de Gilberto Kassab, já apresentou a ideia ao chefe do Executivo Estadual e fez com que Leite brilhasse os olhos. O PSD é um dos principais partidos do chamado “Centrão”. Com isso e com um tempo de propaganda eleitoral “polpuda”, Leite entraria na briga com uma estrutura mínima para tentar emplacar a chamada “Terceira Via”. Na minha opinião, o segundo turno para presidente da República da eleição de 2022 já está previamente definido: Lula e Bolsonaro. Vamos ter uma campanha suja, baixa, minada de notícias falsas e de polarização que não levará ninguém a lugar nenhum. E o resultado: o povo que se lasque por mais quatro anos, assistindo a guerra ideológica pela televisão e nas redes sociais.