O padrasto do menino de apenas três anos, que morreu após sofrer várias agressões em Taquari, confessou ao delegado Augusto Cavalheiro Neto, que agrediu o menor na noite de quinta-feira, 3 de fevereiro. Após inúmeras contradições em seu depoimento, o acusado, de 25 anos, disse que cometeu as agressões por causa do choro da criança. Segundo ele, foram agressões na face, provocadas por socos, além de chutes e também queda ao chão.
Agora, o caso passa a ser tratado como homicídio doloso duplamente qualificado, por motivo torpe. Segundo o delegado, a confissão do crime ocorreu na manhã desta sexta-feira, 4 de fevereiro. Em entrevista à Rádio A Hora de Lajeado, o delegado deu detalhes do que ocorreu na cena do crime. “Ele se irritou pelo fato de a criança estar chorando muito e ter feito cocô e xixi. Foram agressões na orelha e rosto, posteriormente atirou ela contra o chão e deu chutes”, revela.
Agora, a polícia civil encaminhou um pedido de prisão preventiva do acusado à Justiça de Taquari.
Em depoimento, a mãe da criança disse que o menino ficava sob os cuidados de uma babá e que há pouco tempo, o padrasto é quem cuidava. “Ela disse que não acreditava que o marido pudesse agredir o filho a tal ponto”, disse Cavalheiro.
O crime chocou a cidade de Taquari e também todo o Rio Grande do Sul pela frieza como o criminoso agiu. “O crime choca porque é uma criança de 3 anos totalmente indefesa. Somos profissionais, não podemos nos contaminar com a emoção, mas é um caso horroroso”, finaliza Cavalheiro.