O número de mortes ocasionadas pela dengue chegou a 61 no Rio Grande do Sul. Os dados foram divulgados na quarta-feira, 6 de julho, pela Secretaria Estadual da Saúde (SES). Os dois últimos óbitos foram registrados em Cachoeira do Sul e Novo Hamburgo.
Conforme o levantamento do Centro Estadual de Vigilância em Saúde, 27 municípios gaúchos já registraram mortes pela dengue este ano.
Lajeado, no Vale do Taquari, é o município com maior incidência de infecções e quatro mortes já contabilizadas. Desde 2000, quando começou a série histórica da dengue, nunca houve um número tão alto de mortes no mesmo ano no Estado. Até então, 2021 era o ano com maior número de óbitos, um total de 11.
O que é a dengue?
O vírus da dengue é transmitido pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti e possui quatro sorotipos diferentes: DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4 - todos podem causar as diferentes formas da doença.
Todas as faixas etárias são igualmente suscetíveis à doença, porém as pessoas mais velhas e aquelas que possuem doenças crônicas, como diabetes e hipertensão arterial, têm maior risco de evoluir para casos graves e outras complicações que podem levar à morte.
Segundo o Ministério da Saúde, a primeira manifestação da dengue é a febre alta (>38°C), de início abrupto, que geralmente dura de 2 a 7 dias, acompanhada de dor de cabeça, dores no corpo e articulações, além de prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos, e manchas vermelhas na pele. Também podem acontecer erupções e coceira na pele.
Ao apresentar os sintomas, é importante procurar um serviço de saúde para diagnóstico e tratamento adequados.
Já a dengue hemorrágica tem sintomas mais graves. Ela é mais forte e mais comum quando a pessoa contrai a doença pela segunda vez. Além dos sintomas clássicos, pode haver dor de estômago, boca seca, manchas pelo corpo, sangue nas mucosas, nos olhos, na urina ou nas fezes.