Morreu, aos 80 anos, por complicações ligadas ao Alzheimer, o ex-vice presidente da República, Marco Paciel. Ele estava internado após contrair uma infecção bacteriana. Maciel havia contraído, em março, a covid-19, mas se recuperou. Ao lado de Fernando Henrique Cardoso, o pernambucano esteve ligado à política brasileira por quase meio século. O velório será hoje de 14h30min às 16h30min, no salão Negro do Senado e o sepultamento às 17h30min na Ala dos Pioneiros do Cemitério Campo da Esperança, em Brasília.
Além de ocupar o cargo de vice-presidente durante os dois mandatos de FHC, Maciel também foi senador durante três períodos (de1983 a 1991, de 1991 a 1994 e de 2003 a 2011). Também foi eleito imortal da Academia Brasileira de Letras (ABL), em 18 de dezembro de 2003, como oitavo ocupante da Cadeira nº 39, na sucessão de Roberto Marinho. Recebeu ainda títulos de Cidadão Honorário de 42 cidades brasileiras, a maioria delas em Pernambuco. A ele é atribuída a autoria de frases célebres como: “Tudo pode acontecer, inclusive nada”.
Em nota, o Democratas, partido em que Maciel era filiado e foi um dos fundadores do então PFL, afirmou que o político foi um exemplo de agente político na construção de um país melhor. “Neste 12 de junho, o Democratas se despede, já com o coração saudoso, de um dos seus fundadores. Marco Maciel foi um dos mais importantes quadros do nosso partido. Com sua exemplar atuação na vida pública, escreveu uma história irretocável de dedicação ao nosso país”, disse.
O presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco, disse que a partida de Marco Maciel “ inflige enorme perda para a política brasileira e a arte da conciliação”. “Meus sentimentos à sua família, amigos e admiradores”, disse, em nota.
Foto: Arquivo Agência Brasil / Divulgação