O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, alertou para novas altas no preço do petróleo no mercado internacional. A informação foi dada na terça-feira, 9 de novembro. De acordo com o ministro, a chegada do inverno no Hemisfério Norte, é o principal fator para a subida, uma vez que o consumo nessa região deve aumentar nos próximos meses.
Apesar da produção de petróleo ter aumentado em 2021 no Brasil, no restante do mundo, ela acabou diminuindo, gerando crise de oferta e demanda. Ao citar o preço do barril de petróleo, outro fator destacado pelo ministro para a alta da gasolina e do diesel foi a desvalorização do real em comparação ao dólar. “O preço saiu de US$ 66, em janeiro de 2020, e o valor subiu, hoje está em US$ 84. E se formos ver a desvalorização cambial, o dólar saiu de R$ 4 em janeiro de 2020 e hoje está em R$ 5,55. Isso tudo leva a aumento nos preços dos combustíveis", disse.
De acordo com Albuquerque, a alternativa seria criar um "colchão tributário" e uma reserva estabilizadora de preços para conter as possíveis altas nos preços. O ministro defendeu a atual política de preços da Petrobras e negou que o governo Bolsonaro tenha interferido nas decisões da estatal. Conforme o ministro, uma proposta nos mesmos moldes já havia sido sugerida pelo Fórum de Governadores ao ministro da Economia, Paulo Guedes.
Ainda segundo Bento Albuquerque, a redução de tributos para resolver o problema dependerá de compensações. "Alguns tributos já foram reduzidos, outros estão em análise, tem que haver compensação. O colchão tributário, que é uma medida que pode permitir, ao longo do tempo, que essas variações dos preços do petróleo e também dos combustíveis sejam compensadas de alguma forma. E uma reserva estabilizadora de preço, que seria uma reserva de capital que pudesse ser aplicada quando houvesse uma volatilidade muito grande", disse.