Após emitir uma nota informativa aos Estados e municípios, orientando pela suspensão da imunização de adolescentes de 12 a 17 anos, sem comorbidades, o Ministério da Saúde voltou atrás e passou a recomendar novamente a imunização desse grupo contra a covid-19. A informação foi feita na noite de quarta-feira, 22, em Brasília.
Na semana passada, a medida havia sido tomada após o presidente Jair Bolsonaro solicitar ao ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, análises sobre a morte de uma jovem de 16 anos, uma semana depois de ter sido imunizada com a primeira dose da Pfizer, em São Bernardo do Campo. No entanto, poucos dias depois, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), emitiu comunicado informando que a morte não teria ligação com a vacina.
A orientação do ministério pede que os municípios continuem aplicando a vacina da Pfizer, única e exclusivamente, neste grupo. Conforme a pasta, o imunizante é o único autorizado pela Anvisa para ser utilizado nessa faixa etária.
No Rio Grande do Sul, a vacinação nunca foi interrompida. Municípios que tinham em seu estoque imunizantes reservados para serem aplicados no grupo de adolescentes continuaram vacinando, mesmo com a orientação do Ministério que proibia a continuidade da imunização. Na terça-feira, 21, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski também havia decidido que estados e municípios poderiam seguir com a campanha de imunização dessa faixa etária.