O governo do Rio Grande do Sul anunciou, durante reunião na terça-feira, 14, no Palácio Piratini, a proposta de reajuste de 9,45% no piso do magistério estadual. A informação foi dada ao Cpers Sindicato, entidade que representa a categoria no estado. De acordo com o governador Eduardo Leite, o índice proposto incide sobre todos os níveis de carreira dos professores ativos e aposentados, com paridade. Apesar do aumento, a categoria reivindica 14,95% de reajuste, mesmo índice de reajuste do Piso Nacional do Magistério.
Durante a reunião, Leite disse que a proposta oferece a todos os professores da rede estadual o novo piso nacional, de R$ 4.420,55 para 40 horas de trabalho semanais. "Estamos fazendo um esforço muito grande para valorizar a carreira de professor, porque a educação é a prioridade do governo", disse o governador.
Conforme o Cpers, a proposta apresentada pelo governo gera preocupação à categoria. Isso porque desde 2020, quando o governo aprovou na Assembleia a reestruturação do plano de carreira do magistério, o salário dos professores estaduais está dividido em duas partes: uma é o valor principal, chamado de subsídio, enquanto a outra se refere às vantagens obtidas ao longo da carreira (como os triênios e quinquênios).
Na reunião desta terça, Leite e a equipe do governo acordaram com o sindicato que serão conduzidos estudos sobre os efeitos do piso em relação à parcela de irredutibilidade. O governo sinalizou ao Cpers que será realizado concurso público para contratação de professores, com lançamento de edital previsto inicialmente para a primeira quinzena de março.