O Rio Grande do Sul poderá antecipar a aplicação de segundas doses de vacinas contra a covid-19 em razão do rápido avanço das novas variantes da covid-19, entre elas a cepa indiana, considerada a mais contagiosa até o momento. Para isso, integrantes da Secretaria Estadual da Saúde (SES), analisam estudos científicos, estoque de doses e outros fatores para decidir se a aplicação da vacina possa ser antecipada.
Além disso, há expectativa de que o Ministério da Saúde autorize a aplicação antes do prazo previsto no Brasil. Um pedido foi encaminhado pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), cobrando um posicionamento da pasta federal. Apesar da possibilidade, o Rio Grande do Sul segue cumprindo as determinações impostas pelo Plano Nacional de Imunização. O Ministério da Saúde recomenda que o intervalo entre a primeira e a segunda dose da vacina AstraZeneca seja de três meses. Porém, em pelo menos sete estados do país, entre eles Santa Catarina, este prazo foi encurtado por gestores que buscam ampliar a proteção da população contra a variante Delta do novo coronavírus.
O Ministério da Saúde chegou a estudar a redução do prazo, mas reunião da Câmara Técnica Assessora em Imunização e Doenças Transmissíveis manteve as 12 semanas.
A bula da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), responsável pela produção e importação da tecnologia da AstraZeneca, informa que "a segunda injeção pode ser administrada entre 4 e 12 semanas após a primeira". De acordo com a AstraZeneca, estudos realizados até o momento demonstram que a vacina é eficaz na prevenção da Covid-19 sintomática quando aplicada neste intervalo de tempo", de 4 a 12 semanas. A farmacêutica disse, ainda, que a vacinação com a segunda dose após 60 dias "foi avaliada em estudos clínicos – e, por isso, está aprovada".