Mais de 1,2 milhão de pessoas aguardam a liberação de benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). De acordo com as informações divulgadas no último boletim estatístico da Previdência Social, o número aumentou consideravelmente entre dezembro de 2022 e março de 2023, saltando de 930 mil para 1,2 milhão de pessoas.
A elevação de quase 30% é decorrente da falta de equipes de trabalho para agilizarem perícias e outros procedimentos realizados pelo INSS. Conforme o relatório, os auxílios por incapacidade de trabalho e as pensões por morte e concessão do Benefício de Prestação Continuada (BPC) pago às pessoas com deficiência e a idosos de baixa renda são os itens com maior número de pessoas à espera.
Para zerar a fila de espera, promessa de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, seria necessário suplementar o orçamento e conceder até 900 mil benefícios a mais do que o previsto para 2023.
Se por um lado falta dinheiro, por outro a situação também implica na falta de profissionais junto ao INSS. Entre os problemas está a falta de servidores para analisar o valor dos benefícios, que é variável de acordo com o caso. Além disso, o Ministério da Previdência Social informou que há carência de médicos peritos.
Ainda não há uma definição de quais ações serão desenvolvidas para minimizar os problemas enfrentados. A previsão da pasta é de que até o fim do ano, o tempo de espera para receber benefícios seja reduzido a 45 dias.
Atualmente, cada beneficiário espera, em média, 67 dias para ter acesso a aposentadoria, podendo chegar a até 159 dias para outros benefícios, como pedidos de auxílio para acidentes de trabalho. Pela lei, o tempo médio de espera para concessão dos benefícios deve ser de 45 a 60 dias.