Um estudo realizado pelo Hospital Moinhos de Vento, de Porto Alegre, mostra que o Rio Grande do Sul vive uma epidemia de HIV. A informação foi divulgada após análise de dados de 56 municípios gaúchos. A situação é decorrente das práticas e as atitudes da população em relação às Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST).
Os dados foram coletados a partir de 2020, onde os casos de HIV prevalecem em cidades da região Metropolitana, configurando transmissão sustentada da doença. O estudo também indica que os casos de sífilis registraram taxas elevadas em todas as regiões, o que reforça a importância de ações de conscientização.
A análise de dados apresentada pelo estudo Atitude mostra que os números se parecem com os da década de 1950 e que essa epidemia do HIV na região Metropolitana expõe os “maiores números da América Latina”.
De acordo com informações do Ministério da Saúde, em 2021, a taxa de detecção de casos de Aids no país era de 16,5%, e no Rio Grande do Sul, de 24,3%. O estudo ouviu 8,5 mil pessoas e coletou sangue de cada um dos participantes a fim de avaliar a prevalência do vírus da imunodeficiência humana (HIV), da sífilis e das hepatites B e C no Rio Grande do Sul.
Desenvolvido por meio do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS), a sondagem contou com a parceria da Secretaria Estadual da Saúde (SES).