Uma nova droga sintética, com efeito semelhante aos provocados pela maconha chega ao Rio Grande do Sul. A informação é da Polícia Civil que encontrou o entorpecente ainda em janeiro, durante prisão de um homem. O material é produzido em formato de um selo e traz consigo um agravante:a substância faz parte de um grupo de drogas conhecido como K4: canabinoides sintéticos produzidos em laboratório.
Para a Polícia Civil, a identificação da droga é fundamental para enquadrar criminalmente pessoas presas com a substância. Se o material não é tipificado como proscrito pela legislação, não há justificativa para a prisão.
O diretor do Departamento de Perícias Laboratoriais do IGP, Daniel Scolmeister, alerta para os riscos no consumo dessas substâncias, que normalmente são vendidas num formato de selo. “Além de serem mais potentes que a maconha, os canabinoides sintéticos produzem efeitos cardiovasculares adversos mais severos e pronunciados. Já existem na literatura internacional casos de intoxicação relatando estado mental alterado, aumento da ansiedade, euforia, perda de consciência e taquicardia significativa, o que pode levar à morte. As pessoas podem pensar que por serem chamadas de maconha falsa (fake weed) essas substâncias têm os mesmos efeitos que a maconha comum, mas estão enganadas”, afirma Scolmeister.
Uma droga com aspecto semelhante foi identificada e encontrada no sangue e na urina de um rapaz de 17 anos, que morreu em 2018.
Foto: Divulgação IGP