O processo de escolha das empresas que deverão assumir o comando das rodovias estaduais vai ficar para o ano que vem. Anteriormente, a previsão do Governo do Estado era de que o leilão dos três lotes ocorresse em dezembro. No entanto, as alterações no texto base do plano de concessões, oriundas das audiências públicas e debates entre lideranças dos setores público e privado da região da Serra Gaúcha, inclusa no lote três, fez com que o governo recuasse e postergasse a continuidade do certame para 2022.
Entre as alterações que mais impactaram o plano, estão os custos que incidem nas praças de pedágio que serão implantadas. Conforme o secretário de Parcerias Estratégicas, Leonardo Busatto, a equipe técnica do governo precisa analisar como seriam os novos valores das tarifas, despesas e os prazos para realização das obras consideradas prioritárias. A previsão é de que a revisão dos editais esteja concluída até a terça-feira, 19. A estimativa do governo é de que as negociações sigam durante o mês de novembro. Somente assim, os editais dos demais lote (um e dois) sejam finalizados e, posteriormente, publicados. Pela legislação, são necessários três meses após o lançamento do edital de concessão.
Pela ideia do Governo, a intenção é conceder à iniciativa privada, 1.131 quilômetros de estradas, garantindo investimentos de R$ 10,6 bilhões no período de 30 anos. A previsão é de que desse valor, R$ 3,9 bilhões sejam aplicados nos primeiros cinco anos de concessões. Até o final do contrato, 73% da malha gaúcha deverá ter pistas duplas ou triplas, 808 quilômetros de acostamentos, além de pontes, viadutos, passarelas, entre outros projetos inseridos em cada edital a ser lançado.