Atualmente, conforme a SES, 213 pessoas aguardam vagas de leitos de UTI
O Rio Grande do Sul continua na bandeira preta no modelo de Distanciamento Controlado do Governo do Estado. A informação foi confirmada nesta sexta-feira, 12, com a divulgação dos dados pela Secretaria Estadual de Saúde (SES). De acordo com as informações, houve piora em todos os indicadores da 45ª rodada. Apesar do aumento de 3% no número de leitos de UTI, a capacidade de atendimento hospitalar ainda segue em pressão.
Conforme o o governador do RS, Eduardo Leite, além do aumento de internações em decorrência da covid-19, houve elevação no número de casos confirmados. Em algumas regiões há, inclusive, operação acima da capacidade indicada.
De acordo com os números, na 43ª rodada, havia 229 leitos livres para atender pacientes infectados pela covid-19. Na semana passada, esse número passou a ser negativo, com déficit de 25 leitos. Atualmente, conforme a SES, 213 pessoas aguardam vagas de leitos de UTI. “Para se ter uma ideia, há 30 dias, tínhamos 800 pessoas em leitos de UTI confirmadas com Covid. Passamos para 2,4 mil pessoas em 30 dias. Se esse ritmo continuasse, teríamos de triplicar o número de leitos, o que é inviável. Esse é o tamanho do nosso drama”, afirmou o governador Eduardo Leite.
Piora em todos indicadores
Os números divulgados nesta sexta-feira, 12, mostram que todos os 11 indicadores monitorados com relação à velocidade de propagação do coronavírus e à capacidade de atendimento hospitalar tiveram piora nesta semana - mesmo calculados em cima de números recordes da rodada anterior.
Conforme o levantamento, houve aumento de 19% nas hospitalizações, nos leitos clínicos houve acréscimo de 27% e em UTIs, a elevação chega a 19% na comparação com a semana anterior.
O número de óbitos cresceu 54%, contabilizando 1.343 mortes em apenas sete dias.
A decisão em manter o RS em bandeira preta por mais uma semana não é novidade, afinal, o governador já havia antecipado o anúncio na semana passada, com o objetivo de conter a piora dos indicadores.
A expectativa do Governo é de que o resultado das medidas restritivas comece a ser notado a partir da próxima semana. No entanto, a secretária de Saúde, Arita Bergmann voltou a pedir a colaboração da população, evitando, ao máximo a circulação de pessoas. “Esse tempo de 14 dias nos dá esperança, embora mobilidade na circulação continuou um patamar que poderia ter sido bem menor. Talvez a queda de óbitos nem se perceba ainda, por conta do tempo de atuação do vírus, na próxima semana, mas esperamos que na terceira semana seja quando vamos colher os frutos dos sacrifícios que sabemos que todos estão fazendo”, afirmou Arita.