Sob influência do El Niño, o mês de outubro deverá ser de chuvas acima da média em todo o Rio Grande do Sul. A meteorologia prevê que a passagem de frentes frias, além do forte calor e a influência de áreas de baixa pressão atmosférica, serão fatores que deverão provocar novos ciclones extratropicais e, consequentemente, chuva para diferentes regiões do estado.
A situação já um alerta às autoridades que precisam estar precavidas para que casos como o do início de setembro, onde centenas de casas foram destruídas e, pelo menos, 50 pessoas morreram em decorrência das chuvas. Os acumulados mais altos devem se dar na Metade Norte, onde algumas cidades podem ter marcas acima de 300 mm no mês com acumulados até superiores.
De acordo com a Metsul Meteorologia, temporais começam a ficar muito mais frequentes no Centro-Sul do Brasil à medida que a estação seca gradualmente chega ao fim e aumenta a umidade na atmosfera, o que, com o ar quente, favorece mais tempestades.
A atuação do fenômeno El Niño deve seguir impactando o padrão de precipitação no Brasil neste mês de outubro. Espera-se excesso de chuva na Região Sul enquanto no Norte a região amazônica terá o agravamento da seca.
A tendência de chuva volumosa no mês na Metade Norte preocupa porque é a área do estado em que estão as bacias dos rios que desembocam nos vales, como o Taquari, e desaguam depois em Porto Alegre, caso do Jacuí e outros. Como os rios já estão com os seus níveis alterados e a Lagoa dos Patos cheia, o risco de novas enchentes é agravado.
Ainda, de acordo com a meteorologia, o mês de outubro no Estado, a temperatura deve ficar acima da média. No Rio Grande do Sul, os desvios devem ser menores e parte do estado, inclusive, pode ter marcas perto das médias históricas. Assim, não se antecipa um outubro muito quente para os gaúchos, embora sejam previstos alguns dias de calor. Massas de ar frio ainda chegam ao estado, com menor intensidade, e trazem algumas noites de temperatura mais baixa.