O número de jovens acima de 18 anos que receberam a primeira dose da vacina contra o coronavírus e não retornaram para a segunda dose chega a 670 mil no Rio Grande do Sul. A informação foi confirmada pela Secretaria Estadual da Saúde (SES), por meio da Divisão de Vigilância Epidemiológica do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs).
De acordo com as informações, o número de faltantes na faixa etária de 18 a 29 anos, representa cerca de 40% no total de imunizados com a primeira aplicação. Segundo a chefe da Cevs, Tania Ranieri, os dados são alarmantes e podem afetar a continuidade da queda dos indicadores no Rio Grande do Sul. “Todo esse grupo está com cobertura menor de 60% para a segunda dose da vacina contra a Covid-19. Isso é muito grave. É baixíssima. Precisamos que a população complete o esquema vacinal para que exista a imunização coletiva e para diminuir a circulação do vírus”, enfatiza.
Em Muçum, até o fechamento desta matéria, 30 pessoas ainda não haviam comparecido na Unidade de Saúde para receber a aplicação da segunda dose. Com apenas uma aplicação dos imunizantes da Astrazeneca, Coronavac e Pfizer – que requerem segunda dose – além de oferecer uma resposta imune menor, a durabilidade da resposta também fica reduzida. “A eficácia da vacina apontada por estudos clínicos só pode ser atingida com o esquema vacinal completo, ou seja, com as duas doses”, enfatiza Tania.
Para tentar diminuir o número no Rio Grande do Sul, a SES tem fornecido às 18 Coordenadorias Regionais de Saúde (CRS) listas com os nomes das pessoas que não voltaram para receber a segunda dose. Até a terça-feira, 9 de novembro, o Rio Grande do Sul havia aplicado mais de 16,6 milhões de doses da vacina. E já tem 63% da população com o esquema vacinal completo, que inclui as duas doses ou dose única.