A campanha de vacinação contra a gripe encerra na sexta-feira, 3 de junho, de acordo com o cronograma do Ministério da Saúde. A aplicação pode ser realizada nas unidades de saúde de todos os municípios brasileiros. A meta para o Rio Grande do Sul é imunizar mais de 4,8 milhões de pessoas. No entanto, em grande parte das cidades, a procura pelo imunizante está abaixo do esperado.
Considerada uma das principais armas para diferenciar casos de coronavírus e influenza, quem estiver vacinado contra a gripe e tiver contraído a covid, a presença dos sintomas pode indicar casos leves de infecção pelo coronavírus.
Atualmente, podem ser imunizados pessoas com 55 anos ou mais, crianças de seis meses a nove anos, profissionais de saúde, gestantes, puérperas (mulheres que tiveram filho nos últimos 45 dias), povos indígenas, professores, pessoas com comorbidades ou com deficiência permanente, caminhoneiros, trabalhadores do transporte coletivo rodoviário urbano e de longo curso, trabalhadores portuários, forças de segurança e salvamento, Forças Armadas, adolescentes e jovens em medidas socioeducativas, funcionários do sistema de privação de liberdade e população privada de liberdade. A aplicação é gratuita.
Baixa cobertura da vacina da gripe em 2021 e desinformação influenciaram o surto no Brasil
Segundo o diretor do Laboratório Multipropósito do Instituto Butantan, Renato Astray, ainda existem mitos em relação à vacina contra a influenza. “Há um equívoco comum em pensar que a pessoa toma a vacina e, se ficou gripada, é por que a vacina não funciona. A realidade é que a vacina tem o benefício principal de proteger contra as formas graves da doença, proteger a vida das pessoas”, ressalta.
Assim como a vacina da Covid, a vacina da gripe oferece proteção contra a variante que está em circulação, mas o ideal é que as pessoas compareçam aos postos e se vacinem anualmente.
Vacina protege contra infecção e doença
É consenso entre os especialistas que a vacina da influenza é capaz de proteger contra sintomas mais graves associados à gripe, especialmente entre os grupos de risco.
Na região, índices também preocupam
Em Muçum, a vacinação contra a gripe alcançou até o momento, conforme dados do Ministério da Saúde, 69,55%. No total, 2.102 pessoas fazem parte dos grupos prioritários. Desse total, 1.462 já foram vacinadas. A aplicação ocorre na Unidade de Saúde da Família, de segunda a sexta-feira, em horário de atendimento do posto. A expectativa é que até o final desta semana a porcentagem de vacinados aumente. Contudo, a quantidade está longe de alcançar a meta estipulada pelo Ministério da Saúde que é de 90% dos públicos.
Já em Encantado, a campanha de vacinação contra a gripe aplicou até o momento mais de 3,1 mil doses, o que representa um pouco mais de 38,5% do público previsto.
Em Roca Sales, o levantamento realizado no site de monitoramento da vacinação contra a gripe aponta que até esta quarta-feira, das mais de 4,1 mil pessoas pertencentes aos grupos, 48,66%, ou seja, pouco mais de 2 mil já se vacinaram.
Cerca de 50% do público-alvo de Vespasiano Corrêa já foi imunizado contra a gripe. Das 869 pessoas, 444 já receberam a vacina na cidade.