Por 246 favoráveis, 202 contrários e três abstenções, a Câmara dos Deputados aprovou, no início da madrugada desta quinta-feira, 24, o projeto que legaliza os chamados jogos de azar no Brasil. A matéria, que tramitava há cerca de 30 anos no Congresso e que sofreu diversas mudanças, segue agora para votação no Senado. Caso seja aprovado, o texto seguirá para sanção ou veto do presidente Jair Bolsonaro.
A proposta, defendida pela maioria dos deputados, teve como argumento principal, o fato de que com a legalização, o setor de turismo sairia beneficiado. Também citaram que o jogo já seria liberado no país e, que com a lei, haverá controle e tributação.
Contrário à proposta, o deputado Patrus Ananias (PT-MG), disse que a aprovação do tema transformaria o país em um grande cassino e, consequentemente, aumentando a criminalidade e a corrupção. O PT e a Frente Parlamentar Evangélica fizeram obstrução à proposta.
Já o deputado gaúcho, Giovani Cherini (PL) rebateu as críticas e defendeu a legalização. “Será que é o jogo do bicho que vai trazer o crime organizado? O crime organizado já não está no Brasil? A bandidagem já não está no Brasil? E aqui não há jogo! O Brasil é um dos poucos países do mundo que não têm jogo oficial”, disse.
Como votaram os deputados gaúchos?
A maioria dos deputados federais gaúchos votou favoravelmente à legalização dos jogos no país. Foram 17 votos favoráveis; 12 contrários, uma abstenção e um não votou. Afonso Hamm (PP), Afonso Motta (PDT), Alceu Moreira (MDB), Bibo Nunes (União), Covatti Filho (PP), Daniel Trzeciak (PSDB), Giovani Cherini (PL), Jerônimo Goergen (PP), Lucas Redecker (PSDB), Marcel van Hattem (Novo), Marcelo Moraes (PTB), Márcio Biolchi (MDB), Marlon Santos (PDT), Nereu Crispim (União), Paulo V. Caleffi (PSD), Pedro Westphalen (PP) e Pompeo de Mattos (PDT) votaram favoráveis ao tema.
Já os deputados Bohn Gass (PT), Carlos Gomes (Republicanos), Fernanda Melchionna (PSOL), Heitor Schuch (PSB), Henrique Fontana (PT), Liziane Bayer (PSB), Marcelo Brum (União), Marcon (PT), Maria do Rosário (PT), Maurício Dziedrick (Podemos), Osmar Terra (MDB) e Sanderson (União) foram contra.
Giovani Feltes (MDB) não votou e Paulo Pimenta (PT) se absteve.