A falta do envio de informações sobre a aplicação da primeira dose da vacina contra a covid-19 CoronaVac, do Instituto Butantan pode ter sido um dos fatores responsáveis pelo envio de menos doses do que o necessário para aplicação da etapa complementar da vacinação. Conforme a Secretaria Estadual da Saúde (SES), sem a informação atualizada, que é de responsabilidade dos municípios, a pasta não consegue avaliar as próximas medidas no plano de imunização.
De acordo com o Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações, até a quarta-feira, 19, foram distribuídas 1.650.580 doses da vacina CoronaVac aos municípios para aplicação da segunda vacina. Desse total, ainda faltam ser aplicadas ou registradas no sistema 538.755 doses.
Segundo a diretora de Atenção Primária e Políticas de Saúde da SES, Ana Costa, o governo só terá exatidão sobre as dificuldades enfrentadas, após os municípios aplicarem as doses enviadas e o posterior registro no sistema. "Entre as hipóteses para os problemas alegados pelos municípios, podem estar desde falhas nos registros até migrações entre municípios, ou seja, pessoas que tomaram a primeira dose em um lugar e agora precisam tomar a D2 em outro, além de algum possível equívoco de uso da D2 como primeira dose", acrescenta.
Com as informações corretas, a SES poderá realizar o remanejamento de saldos das vacinas entre os municípios e, assim, diminuir a fila de espera pela segunda dose da CoronaVac.
Pela contabilização do Estado, desde o início da Campanha de Imunização foram distribuídas 1.647.470 doses da vacina Coronavac. Conforme a SES, foram distribuídas doses suficientes para completar o esquema vacinal de todos os gaúchos imunizados com a primeira dose da vacina produzida pelo Instituto Butantan. "O importante é que o esquema vacinal dos gaúchos se complete para que possamos avançar na superação da pandemia", afirma a secretária da Saúde, Arita Bergmann.