O aumento de internações em leitos clínicos e em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) em decorrência do coronavírus voltou a a provocar o envio de mais um alerta às 21 regiões Covid do Sistema 3As de Monitoramento, mecanismo utilizado para gerenciar a situação da pandemia no Rio Grande do Sul. Conforme o Gabinete de Crise, que esteve reunido na terça-feira, 24, houve piora nos indicadores, algo que já vinha notado desde a semana passada.
Diferentemente do último monitoramento, onde 11 das 21 regiões haviam sido alertadas, nesta atualização, além das regiões de Canoas, Capão da Canoa, Caxias do Sul, Erechim, Lajeado, Novo Hamburgo, Passo Fundo, Pelotas, Porto Alegre, Santa Maria, Santa Rosa e Uruguaiana, que tiveram mantidos os alertas, foram emitidos novos às regiões de Bagé, Cachoeira do Sul, Cruz Alta, Guaíba, Ijuí, Palmeira das Missões, Santa Cruz do Sul, Santo Ângelo e Taquara.
De acordo com o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, a situação é preocupante, uma vez que o aumento de internações e a taxa de contágio voltaram a crescer. “Estamos em um nível de preocupação alto devido ao aumento de casos e de internações. Também estamos trabalhando para dar a cada uma das regiões esse devido entendimento, para que possam conscientizar a população e tenhamos a capacidade de reduzir a velocidade da transmissão e assim diminuirmos o número de casos. Estamos em um período de maior circulação de pessoas entre as regiões, então, entendemos que o Alerta vale para todas”, afirma.
O crescimento na lotação hospitalar ocorre nas últimas semanas com a nova onda causada pela variante Ômicron. Médicos que atuam em hospitais relatam que a maioria dos internados são pessoas com calendário vacinal atrasado, além de idosos e pessoas com comorbidades. Estudo conduzido pela Secretaria Municipal da Saúde mostrou que o risco de internação é em UTI é 16,4 vezes maior entre não vacinados.