O adiamento do leilão do Bloco 2 no processo de concessão de rodovias estaduais à iniciativa privada, anunciado na quarta-feira, 24, pelo Governo do Estado foi comemorado por diversas entidades representativas da região, como é o caso do Conselho de Desenvolvimento do Vale do Taquari (Codevat), contrárias ao projeto desenhado.
Agora, a entidade espera voltar com as conversas e negociações para formular um modelo de concessão adequado e que consiga suprir as demandas dos municípios afetados pela proposta. Em entrevista a Rádio A Hora de Lajeado, o presidente do Codevat, Luciano Moresco, informou que uma reunião de reavaliação deverá ser realizada nesta semana com representantes da sociedade civil do Vale do Taquari e outras lideranças.
Apesar da tentativa de diálogo, Moresco acredita que o Governo do Estado não irá aceitar novas mudanças no plano. “O governo não abria espaço para discussão há quatro, cinco meses. Não sei se vai abrir agora há um mês das eleições", diz.
Moresco afirma que o modelo apresentado pelo Governo é injusto para as cidades afetadas, como é o caso de Encantado, que deverá ter a praça de pedágio mantida por mais 30 anos, como prevê a proposta, sem investimentos, considerados pelas entidades, justos e direcionados a quem irá pagar "a conta".
Na semana passada, o Governo do Estado anunciou a suspensão do leilão, informando que a mudança é decorrente de uma "solicitação formal de empresas interessadas na concessão de 414,19 quilômetros do bloco 2 de rodovias”.