Quem iria imaginar que a manutenção da praça de pedágio no meio do município de Encantado e a maior parte de investimentos nas rodovias pertencentes ao Bloco 2 do Plano de Concessões, realizados nos municípios da parte baixa do Vale do Taquari iriam intensificar ainda mais a cisão já existente entre os municípios que fazem parte da Associação dos Municípios do Vale do Tqauari (Amvat). Para tentar minimizar a situação que se intensificou após reunião entre prefeitos e o governo do RS na semana passada, a entidade que representa os municípios deve realizar mais um encontro na sexta-feira, 18, para buscar alternativas e apaziguar os ânimos dos gestores.
O encontro está previsto para ocorrer em Encantado e deve pontuar os principais entraves que motivaram a divisão entre a parte baixa e alta do Vale. Além da manutenção do pedágio onde está, os municípios criticam a não inclusão da ERS-332 nos investimentos do plano. No entendimento dos prefeitos, a Amvat falhou ao não defender os pedidos da parte alta.
A reunião pode ser decisiva e, caso não haja acordo entre as partes, a possibilidade de saída de algumas cidades da Amvat já é dada como certa. Muçum e Encantado já adiantaram na semana passada que, caso não ocorram mudanças, há possibilidade de rompimento. “Queremos ver se a Amvat vai nos representar. Caso contrário vamos nos mobilizar enquanto G-17", firma o prefeito Jonas Calvi.
Na semana passada, durante reunião em Porto Alegre, Calvi criticou a falta de apoio dos colegas prefeitos das maiores cidades do Vale. Ele disse que esperava que os colegas de Estrela, Lajeado, Teutônia e Arroio do Meio apoiassem a ideia. “Não houve nenhum município que defendeu a região alta”, salienta.
Já o prefeito de Muçum, Mateus Trojan, disse cogitar a saída da Amvat. Segundo ele a partir do momento que uma associação regional não trata as demandas da região como um todos, os municípios que fazem parte dele e sentem-se prejudicados, devem repensar sua participação no grupo.